Pascoal diz que corredores do PS foram esvaziados após contratação da MedTrauma e localização do Acre encarece cirurgias
Por Marcos Dione, do Notícia Imediata
O secretário de Saúde do Acre, Pedro Pascoal, atendeu a um requerimento da Assembleia Legislativa do Acre (ACRE) e esteve na tribuna do parlamento nesta terça-feira (20) onde falou sobre a reportagem do Fantástico em relação a operação policial envolvendo a empresa MedTrauma e a Sesacre.
Pascoal disse que os corredores do Pronto Socorro de Rio Branco, anteriormente lotados de pacientes a espera de cirurgias ortopédicas, foram praticamente esvaziados graças ao contrato do Estado com a MedTrauma.
“Ainda antes da terceirização, e nós sabemos de dificuldades que era para operar os pacientes físicos, o paciente adentrava na unidade numa situação de emergência, era estabilizado o quadro e eles ficavam ali com os fixadores externos fracionando membro uma semana, às vezes até mesmo liberado para ser abordado no segundo momento, situação que foi revertida e que hoje eu quero inclusive agradecer a oportunidade agradecer na verdade a minha equipe que hoje dirige o Pronto Socorro que há muito tempo nós não temos mais pacientes nos corredores do hospital. Lógico não é não eram só pacientes ortopédicos, nós tinha também paciente clínicos, mas grande parte e o que de fato ia para para mídia eram eram pacientes que ficavam dependendo de procedimento cirúrgicos”, disse.
O gestor defendeu que a denúncia de suposto superfaturamento nas cirurgias realizadas pela empresa citada, na verdade são acréscimos financeiros necessários tendo em vista a distância do Acre em relação aos grandes centros.
“Operar o paciente lá em São Paulo, em Brasília, em um grande centro, é outra coisa e operar um paciente na Amazônia Legal, eu vou usar a minha casa como referência, vou usar o Samu, quando uma ambulância é habilitada de São Paulo vamos dar uma ambulância básica como valores de cabeça recebe R$ 19.813,00 para pagar combustível através de pneu revisão quando essa ambulância ela é habilitada dentro dos Estados da Amazônia legal lá na portaria fala que os gestores recebem um incremento de 30% em cima das habilitações normais então fato de estarmos aqui na Amazônia Legal dificulta a logística”, complementou.