Para atender aldeias, governo envia kits família a comunidades indígenas atingidas pela alagação

Redação Notícia Imediata

Para atender aldeias, governo envia kits família a comunidades indígenas atingidas pela alagação
Foto: José Caminha/Secom
Publicado em 28/02/2024 às 10:44

Mais um ato marca a mobilização do governo do Estado no apoio aos atingidos pelas inundações no Acre. Nesta terça-feira, 27, a Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi) está enviando 300 kits família para atender às comunidades indígenas do Juruá, onde há perdas de plantio e as águas invadiram casas.

O envio é um reforço da Sepi, Secretaria de Governo, Corpo de Bombeiros e Casa Civil. Devido à logística para essas aldeias, que ficam em municípios isolados, as cestas montadas têm 60 quilos, o dobro do comum. Os suprimentos vão de caminhão até Cruzeiro do Sul e serão levados de avião às comunidades. Além de alimentos, também há kits de limpeza.  A ação é resultado de uma força-tarefa, criada no domingo, 25, reunindo diversas entidades ligadas às políticas indígenas, para atender essa população.

A intenção é conseguir enviar até 3 mil cestas a essas terras indígenas. Esse primeiro lote vai ser encaminhado para os Ashaninkas e Araras do Rio Amônia, que são as mais distantes.

“O segundo lote queremos mandar para o Alto Envira, que é um povo que fica 10 dias de barco. A gente precisa atender eles e vamos ver se a gente manda para o Iaco, que ainda está debaixo d’água também”, destacou a secretária dos Povos Indígenas, Francisca Arara.

Neste primeiro momento, de forma emergencial, a prioridade é alimento e água potável. Segundo a secretária, as cestas pra as famílias foram montadas para durar cerca de dois meses. O pós-enchente também é uma preocupação.

Foto: José Caminha/Secom

Há cinco municípios que têm povos indígenas que foram atingidos pela enchente. “A gente tem tudo mapeado e teve esse cuidado de o que levar para as terras indígenas, levar uma cesta saudável que venha a suprir pelo menos dois meses enquanto eles vão se estabelecendo, porque algumas aldeias ainda estão alagadas, mas vai secar e é um outro problema, que aí vem a lama e produção perdida”, explicou Francisca.

O secretário de Estado de Governo, Alysson Bestene, destacou que o grande desafio desse suporte é a logística, já que em grande parte desses locais só é possível chegar de barco, o que pode levar muitos dias, ou de avião.

“A Sepi já tem todo o mapeamento de cada região, e agora estamos dando toda a estrutura necessária para atender essas famílias. Como são povos mais distantes, é preciso que seja uma cesta mais robusta, e nossa intenção é atender todos os povos indígenas do estado do Acre, que necessitam desse suplemento alimentar”, pontuou.

Decreto reconhecido

O estado de emergência nas 17 cidades do Acre foi reconhecido pelo governo federal na última segunda-feira, 26. Com isso, os processos administrativos são agilizados para que a assistência possa ocorrer de forma mais rápida.

O Corpo de Bombeiros tem reforçado as equipes, que têm trabalhado de forma incansável e crucial em todos os municípios mais afetados pela cheia. O comandante da corporação, coronel Charles Santos, destaca a importância do reconhecimento no aceleramento das ações.

Agência de Notícias do Acre