Mutirão de reconstrução mamária segue melhorando qualidade de vida de mulheres sobreviventes do câncer no Acre
O programa Opera Mama, uma iniciativa do governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), continua em pleno funcionamento, proporcionando cirurgias de reconstrução mamária a mulheres que enfrentaram o câncer de mama e passaram pela perda dos seios durante o tratamento.
No Outubro Rosa, mês dedicado à prevenção e conscientização sobre o câncer de mama e do colo do útero, o Opera Mama ganha ainda mais relevância, com o mesmo propósito da campanha de promover cuidado e atenção à saúde da mulher.
Lançado em 18 de junho deste ano, o Opera Mama foi idealizado para oferecer a reconstrução mamária com prótese a pacientes que, após vencerem a batalha contra o câncer, passaram por mastectomia e agora almejam recuperar a autoestima.
Até o momento, 12 cirurgias de reconstrução mamária já foram realizadas e outras 6 ainda serão realizadas, totalizando 18 pacientes atendidas. O início dos procedimentos aconteceu em julho, após consultas pré-operatórias realizadas em junho, e contou com o apoio de recursos de emenda parlamentar da deputada federal Socorro Neri, que viabilizou a compra de próteses mamárias.
“A reconstrução mamária envolve mais do que uma cirurgia, é um ato de amor e dedicação. Nosso trabalho é devolver a autoestima, o conforto e a segurança para essas pacientes que, muitas vezes, acreditavam que a vida havia parado. Na verdade, é apenas uma nova fase”, ressalta o cirurgião mastologista Nelson Frota.
O acompanhamento das pacientes no pós-operatório é um processo individualizado, com avaliações para ajustes e melhorias, conforme a necessidade de cada caso. “Algumas precisam de reparos, como a reconstrução do complexo aréolo-papilar ou ajustes de simetria. Tudo é programado para garantir o melhor resultado possível”, explica Frota.
A paciente Francisca Augusta Cândido, de 53 anos, moradora de Boca do Acre (AM), é uma das beneficiadas pelo programa e compartilhou sua experiência.
“Eu tô achando legal, achei legal o atendimento, a cirurgia… Graças a Deus, porque eu tava com medo. A gente que é mulher, já sabe, né? Mas eles fizeram tudo do jeito que eu tava pensando. Era o que eu queria, tudo perfeito, tudo semelhante. Eu sempre me afetava, né? Que eu não podia trabalhar, fazer minhas coisas em casa. Eu sou o tipo de pessoa que não pode estar quieta. Se eu ficar quieta, parada, eu adoeço. Quando me recuperar, vou voltar, se Deus quiser”, comemorou.
Além da prevenção e do diagnóstico, o objetivo do mutirão é oferecer às mulheres o suporte necessário para que, após a luta contra o câncer, elas possam retomar suas vidas com confiança e autoestima. O Outubro Rosa reforça a importância da detecção precoce do câncer de mama, ao mesmo tempo em que lembra que o cuidado com as pacientes também envolve a recuperação emocional e física.
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