Morre a idosa que foi internada após ter casa invadida por PMs em ação truculenta, em Rio Branco

Redação Notícia Imediata

Morre a idosa que foi internada após ter casa invadida por PMs em ação truculenta, em Rio Branco
Foto/Arquivo da família
Publicado em 13/02/2024 às 11:05

Morreu na madrugada desta terça-feira (13) a idosa Maria José Pereira, 67 anos, que na semana passada teve a casa invadida por uma guarnição da Polícia Militar, que sem autorização e usando de violência supostamente desproporcional contra mulheres e crianças, levou uma das filhas dela detida por desacato.

A idosa passou mal devido a situação e foi internada, tendo seu quadro piorado a cada dia resultando em seu falecimento em decorrência de um infarto. A informação foi dada pela advogada da família Helane Chistina.

“Por que meu Deus? te pedi tanto que ela fosse pra casa viva pro lado de seus filhos e netos”, lamentou a profissional em suas redes sociais.

A confusão aconteceu na quinta-feira (8) no bairro da Pista, e resultou em denúncia de invasão de residência sem mandado judicial pela Polícia Militar, uso de spray de pimenta contra criança e idosa e acusação de misoginia contra uma advogada que teria ocorrida na Delegacia de Flagrantes.

Conforme o Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia de Flagrantes (DEFLA) a guarnição teria invadido a casa de Antônia Magna Muniz, no bairro da Pista, sem mandado judicial. Além da invasão à residência, os policiais são acusados de jogar spray de pimenta em uma criança e também na idosa, o que teria, inclusive, provocada a internação da mesma.

Antônia Muniz foi levada presa, acusada de desacato. Na Delegacia, outra confusão. Vídeos publicados nas redes sociais mostram a advogada Helane Cristina discutindo e acusando um policial, identificado como Ribeiro, de agressão e não permitir que a mesma acompanhasse a sua cliente.

A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Acre, emitiu uma nota de repúdio onde acusa o PM de violação de prerrogativa e o crime de misoginia.

A reportagem procurou a Polícia Militar que informou que após tomar conhecimento dos fatos está encaminhando o caso à Corregedoria que vai apurar se houve crime por parte dos militares e adotar as providências, caso necessário.