Idoso racista que não quis ser atendido por delegado negro no Acre é condenado a pagar 2 salários mínimos

Redação Notícia Imediata

Idoso racista que não quis ser atendido por delegado negro no Acre é condenado a pagar 2 salários mínimos
Reprodução Polícia Civil
Publicado em 28/02/2024 às 7:56

O idoso de 69 anos que não aceitou ser atendido pelo delegado Samuel Mendes e pediu um “delegado branco”, foi condenado por racismo no último dia 20. O réu pegou um ano de reclusão, contudo, o juiz Danniel Bomfim, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, converteu a pena à prestação pecuniária no valor de dois salários mínimos.

“O réu deverá iniciar o cumprimento da pena privativa de liberdade anteriormente dosada em regime aberto. Por força do que dispõem o Art. 44 e seguintes do Código Penal, converte-se a pena privativa de liberdade em restritiva de direitos, isto porque a condenação fora inferior a quatro anos de reclusão e por não ter sido o crime cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, o que por certo admite como suficiente essa substituição, fazendo jus então, a referida substituição, obrigando-se, por consequência, à prestação pecuniária no valor de dois salários mínimos”, diz parte da decisão.

O idoso foi denunciado pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) em junho do ano passado. Conforme a denúncia do MP-AC, no dia 3 de janeiro de 2023, o idoso procurou a Delegacia de Polícia Civil da 2ª Regional, no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, no Segundo Distrito de Rio Branco, para um atendimento e quando foi apresentado ao delegado de polícia teria feito comentários racistas.

Ainda na denúncia, o MP-AC destacou que o delegado vítima estava trabalhando no dia e informou ao idoso que ele era quem faria o atendimento, o acompanhando até a entrada de sua sala. Foi então, segundo a denúncia, que o idoso perguntou: “onde está o delegado?”. Neste momento, a vítima informou novamente que era o delegado responsável pelo atendimento. Assim, o denunciado se recusou a entrar na sala e disse: “não, mas eu queria ser atendido por um delegado branco”.

O MP-AC informou ainda que, ao ser ouvido em sede policial, o idoso disse que não era verdadeira a acusação e que no dia dos fatos foi até a delegacia e a policial que fez o registro o encaminhou até “um homem negro com barba” e que em nenhum momento falou que queria ser atendido por um delegado branco.

Fonte: g1acre

Tópicos