Gestor em Games diz que quem promove rifas e jogo do tigrinho como ‘renda extra’ é canalha e criminoso
Por Marcos Dione, do Notícia Imediata
O líder Regional de Jogos Eletrônicos e presidente da Federação Acreana de Games e Tecnologia (FAGT), Henrique Álefy Xavier, usou as redes sociais para explicar que rifas e jogos de apostas, tipo o do tigrinho, não podem ser promovidos como uma fonte de renda extra. Nesta segunda-feira (18) a Polícia Civil desencadeou uma operação contra influenciadores que promovem esse tipo de plataforma.
Xavier deixa claro que os jogos de apostas não entram na regulamentação dos jogos online, e sim na regulamentação de cassinos. Mesmo assim, a promoção desse tipo de jogos é vetada.
“Sim, nem tudo que é regulamentado é liberada a promoção de qualquer forma. Cigarros, por exemplo, são regulamentados desde que eu me entendo por gente, mas não podem ser promovidos como algo que cura a ansiedade ou algo que trata. Assim como os jogos de apostas, não podem ser promovidos como uma renda extra, você não pode promover como algo que a pessoa vá ganhar dinheiro com isso, é entretenimento, é aposta, não tem nada garantido”, destacou.
“O influenciador que promove esses jogos como fonte de renda extra, já faz sabendo que é errado, o influenciador que faz isso é canalha, é criminoso”, complementou o gestor em Games que também deixou claro que ninguém ligado à Federação Acreana de Games e Tecnologia pratica esse tipo de ato e muito menos foi alvo da ação policial. VEJA O VÍDEO CLICANDO ‘AQUI’ OU NO FINAL DA MATÉRIA
Quem são os investigados?
Os influenciadores digitais que foram alvos da operação policial são: Juh Vellegas, Jamila Royasal, Rogéria Rocha, Jéssica Ingrede e o esposo Jordson Ferreira. Foram alvos ainda, Sara Fernandes Henning, Fabrício Moura Sousa, Lunna Ísis Fonseca, Emilyane da Silva, Katren Rafaela Marçal, Lauana Alencar e Kethellem Isabelle da Silva.
Além da capital, a operação também tem como alvos os seguintes influenciadores do interior do estado: Adariana Rodrigues e Carla Nayara Lopes, de Brasileia, Antônia Tâmila da Silva “tamylovezinha” de Senador Guiomard, Charlety Maia, de Tarauacá, e Juliana dos Santos Maquera, de Xapuri.
Lucravam enquanto seguidores perdiam dinheiro
O delegado Ivens Moreira, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Fazendários (Defaz), os influenciadores investigados no âmbito da operação policial lucraram até R$ 230 mil com a perda de dinheiro por parte de seus seguidores que eram enganados diariamente.
“Nós acreditamos que estes indivíduos estão praticando o crime de associação criminosa. Percebemos que pessoas com alto número de seguidores em redes sociais se aproveitaram da onda de sucesso desses jogos de azar e passaram a praticar os crimes, porque a partir do momento que você divulga estes links, você ganha por acesso no link, essa era uma forma deles ganharem dinheiro, e também outros faziam rifa. O valor sorteado nas rifas eram apenas 25% do valor que estavam arrecadando, e como faziam essas rifas a partir de seus CPF, não tinham nenhum custo, ficavam com lucro gigante. Lucravam com a perda de seus seguidores”, afirmou o delegado Ivens Moreira.
“Mas o que esse pessoal não esclarece para os seus seguidores, é que eles ganham pelo acesso dos seguidores e que todo o dinheiro ganho nos vídeos vem desses acessos. Teve influenciador que ganhou R$ 50 mil, R$ 80 mil, mas o máximo que já identificamos foi R$ 230 mil”, acrescentou o delegado.
Durante a operação, foram apreendidos 13 celulares, dentre eles quatro ainda estavam lacrados, além de dois veículos que supostamente teriam sido adquiridos com recursos provenientes dessa prática criminosa.