“É triste, mas a gente tem que combater”, diz promotor Tales Tranin sobre ser alvo de homofobia na internet
Por Marcos Dione, do Notícia Imediata
O promotor de Justiça do Ministério Público do Acre (MPAC), Tales Tranin, lamentou os ataques preconceituosos constantes que sofre na internet. Esta semana, como noticiou em primeira mão o Notícia Imediata, a autoridade foi novamente vítima de homofobia em uma rede social.
“É uma agressão gratuita de uma pessoa que nem conheço. Não sei nem o contexto que ele fez esse comentário, deve ter sido em alguma outra matéria que eu devia estar atuando. Nem sei, pois só tem o print pequeno. É lamentável que as pessoas ainda sejam atacadas pela sua orientação, pela cor da pele, ou por qualquer outra coisa, alguma religião que segue. É triste, mas a gente tem que combater”, relatou Tranin em entrevista o portal G1.
O homem que atacou o promotor, que se apresentava em um perfil do Instagram como Pablo Felipe, deletou todas as redes sociais em seu nome. Agora ele é alvo não apenas do Ministério Público do Acre, mas também do MP Federal e das polícias Civil e Federal.
No comentário, o homem afirmava: “Esse g.a.y (sic) lá sabe de nada”. Em resposta, um outro usuário dizia a Pablo Felipe: “toma cuidado, vc (sic) vai ser preso”. De acordo com o MP, o primeiro comentário foi publicado em uma matéria que citava Tranin, e configura crime de racismo, ao qual a homofobia é equiparada.
Ainda no teor da conversa, Pablo chegou a dizer que não tinha medo de ser preso novamente, dando a entender que já possui passagens pelo sistema prisional.
No ano passado Tales Tranin já havia sofrido um ataque homofóbico, bem mais agressivo diga-se de passagem, tendo como autor um policial penal que defendeu que o promotor fosse assassinado por ser “afeminado”. O homem foi inclusive denunciado pelo crime.