Detento relata ter sofrido estupro em presídio no interior do Acre e polícia investiga o caso
Redação Notícia Imediata
A Polícia Civil está investigando o caso de um suposto caso de estupro contra um indígena em no presídio Manoel Neri da Silva, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre. O caso ocorreu nesse fim de semana e o indígena de 44 anos, que está preso desde novembro do ano passado, precisou ser levado à unidade de pronto atendimento do município e apresentou sangramento anal.
“A equipe foi acionada e quando foi verificado percebemos que o preso estava com um problema de saúde, inclusive, com sangramento, e foi levado rapidamente à Upa, onde passou por avaliação médica que foi inconclusiva. Em determinado momento, em entrevista, ele afirmou que foi violentado, que deram remédio para ele. Tem toda uma história por trás disso, e ainda estamos levantando informações”, disse o diretor da unidade, Elves Barros.
Por meio de nota, o presidente do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen-AC), Alexandre Nascimento, disse que todas as providências serão tomadas para que o caso seja apurado.
“Ao tomar conhecimento do caso, a direção do presídio, de imediato, levou o detento para atendimento médico, para que fossem feitos os devidos exames. O reeducando também foi transferido para outra cela. Uma sindicância interna foi aberta e o caso também é investigado pela Polícia Civil. É importante mencionar que o primeiro laudo da perícia técnica foi inconclusivo, todavia, novos exames estão sendo realizados para verificar a autenticidade da denúncia”, conclui a nota.
De acordo com Barros, os indígenas que cumprem pena no presídio ficam em celas separadas dos outros internos e foi na cela onde a vítima estava com mais quatro indígenas que o caso aconteceu.
“Tinha ele e mais quatro presos também indígenas, todos eles. Existe uma orientação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que os presos indígenas sejam separados dos outros presos”, explicou.
Após o atendimento médico, o indígena foi levado à delegacia, onde contou que foi vítima de espancamento e ficou desacordado. Quando despertou, percebeu que estava com sangramento.
O delegado Adam Ximenes, responsável pelas investigações afirmou que aguarda o resultado de exames para confirmar se realmente houve o abuso sexual.
g1