Da esperança à conquista: histórias de mobilidade na Oficina Ortopédica de Rio Branco

Maxmone Dias

Da esperança à conquista: histórias de mobilidade na Oficina Ortopédica de Rio Branco
Foto/Maxtane Dias, da Secom
Publicado em 08/05/2024 às 18:38

Uma prótese, palmilha ou um calçado adequado vão além do simples conforto físico para quem precisa. Para muitos pacientes, esses itens representam uma nova oportunidade de mobilidade e independência, no dia a dia.

Por mês, a Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), por meio da Oficina Ortopédica de Rio Branco, realiza mais de 160 atendimentos, entre consultas médicas, sessões de fisioterapia, além da entrega de calçados e palmilhas sob medida.

A oficina conta com uma equipe multidisciplinar com mais de 20 profissionais, incluindo médico, fisioterapeutas e técnicos em próteses, garantindo, dessa forma, que cada paciente receba atendimento adequado, desde o diagnóstico até a reabilitação.

“É muito gratificante saber que, ao vir de Xapuri para cá, minha filha vai ser atendida”, diz Vitalícia Soares, mãe da pequena Ellen Soares, de 2 anos, que nasceu com pé plano, uma condição em que a curvatura natural do arco do pé não se desenvolve adequadamente, o que pode dificultar o equilíbrio e o conforto ao caminhar. Essa condição pode afetar a mobilidade da criança.

“De início foi feita uma palmilha, que já foi entregue.  Agora, retornamos para a medição da bota ortopédica da minha filha”, explica ela. O sapato, feito sob medida, proporcionará um suporte ainda maior e ajudará a corrigir a condição do pé plano.

Conforme as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), os pacientes atendidos na Oficina Ortopédica têm o direito de receber um calçado novo a cada seis meses. Essa medida visa garantir que esses indivíduos tenham acesso contínuo a calçados adequados e sob medida, contribuindo para a melhoria de sua qualidade de vida e autonomia.

Em um mundo onde a mobilidade é, muitas vezes, vista como garantida, é importante lembrar que, para alguns, cada passo pode ser uma conquista, como é o caso da Maria Amélia Soares, professora aposentada, que na última segunda-feira, 6, garantiu mais um sapato ortopédico.

“Me sinto amparada. Já fiquei sem andar, dava aula sentada. Hoje eu ando e tenho como ter um calçado”, diz emocionada.

Enquanto para alguns pacientes a Oficina Ortopédica representa a esperança e a garantia de uma vida mais confortável e independente, para aqueles que trabalham lá, cada atendimento é uma oportunidade única de fazer a diferença na vida de alguém.

Isac Silva, ortesista há 8 anos na instituição, desempenha um papel crucial na vida daqueles que enfrentam desafios físicos, proporcionando soluções sob medida para melhorar a qualidade de vida e mobilidade de cada paciente. A produção anual de cerca de 190 sapatos é uma prova do compromisso contínuo com o bem-estar e a autonomia dos pacientes.

Agência de Notícias Secom