O estudante de Medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac), Jonisson Lima, que na quarta-feira (13) denunciou que vem sendo vítima de homofobia e capacitismo por parte de colegas de curso, recebeu o apoio e a solidariedade de diversas pessoas na internet.

Jonisson já formalizou uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF), informando que foi chamado por alguns colegas de turma de “gay” e “autista gay” em grupos do aplicativo WhatsApp.

“Existe uma série de mensagens diretamente a mim e outros comentários homofóbicos como: “Meu Deus! Vamos ter o Jonisson na sala!”. No 1° período, um cidadão mandou um comentário tipo odeio gay e todas as conversas ocorreram em grupo da sala. Além disso, dentro do wi-fi, fizeram uma rede e colocaram o nome de ‘autista gay’. Eu venho sofrendo crime de homofobia dentro do curso de Medicina por colegas da minha sala e também de outra turma”, lamenta o jovem.

Após a repercussão do caso na imprensa local, Jonisson Lima recebeu o apoio e solidariedade de diversas pessoas na internet, que se mostraram revoltadas com o preconceito praticado por estudantes de Medicina da instituição federal do Acre.

“Você é maior que tudo isso e eles vão pagar pela crueldade”, escreveu a universitária Aisha Patua. “Força cara, você será um grande profissional, não deixe ninguém te diminuir, você é muito especial”, disse o estudante de espanhol Raillan Araújo.

NOTA DO REDATOR

Além da violência letal, os LGBTQIA+ também são agredidos pelo preconceito, pela descriminação, na escola, na universidade, na busca por emprego, na saúde e na segurança pública. O respeito a todos os seres humanos, independentemente da orientação sexual, gênero ou origem étnica, é condição basilar para a garantia dos direitos humanos e para a preservação do mais elevado bem de qualquer pessoa: a vida.

Para as mentes limitadas dos homofóbicos, os gays devem estar apenas na prostituição e na drogadição. Para o homofóbico, um gay ocupar o mesmo espaço que ele é uma ofensa. Só quem já sofreu violência gratuita, seja moral ou física, sabe o quanto é triste.

O Jonisson é um garoto incrível, e quem também tem ou já teve o privilégio de conviver com ele, sabe o que estou dizendo. Desejo que ele siga forte e combata esses preconceituosos de cabeça em pé, sem recuar.