Maria da Conceição Tavares, icônica economista e professora, morre aos 94 anos
Redação Notícia Imediata
A economista Maria da Conceição Tavares morreu em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio de Janeiro, na manhã deste sábado (8). Nascida em Aveiro, Portugal, ela era brasileira naturalizada e tinha 94 anos.
Maria da Conceição foi deputada federal entre os anos de 1995 e 1999 e professora de economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Universidade de Campinas (Unicamp).
Também foi conselheira do Partido dos Trabalhadores (PT) e ganhou prêmios como escritora.
A causa da morte não foi divulgada.
Vida e trajetória
Portuguesa de Aveiro, Maria da Conceição formou-se em matemática pela Universidade de Lisboa em 1953. No ano seguinte , migrou para o Brasil para escapar da ditadura portuguesa de Salazar.
No Brasil, cursou Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde concluiu a graduação em 1960.
Segundo a Universidade de São Paulo, o ensaio “Auge e declínio do processo de substituição de importações”, de 1972, foi um “marco no estudo do processo de industrialização do Brasil e tornou-se clássico na literatura especializada”.
Em 1998, venceu o Prêmio Jabuti na categoria Economia por sua significativa contribuição ao pensamento econômico no Brasil.
Foi deputada entre 1995 e 1999 pelo Partido dos Trabalhadores (PT ) no Rio de Janeiro.
Era defensora ferrenha do desenvolvimento com justiça social. Em 1995, no seu primeiro ano de mandato como deputada, Tavares deu uma entrevista para a “Roda Viva” que repercute até hoje nas redes sociais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte de Maria da Conceição.
“Tive o prazer e a honra de conviver e conversar muito com minha amiga ao longo dos anos, debatendo o Brasil e os nossos desafios sociais e econômicos no Instituto Cidadania, em conversas no Rio de Janeiro ou em viagens pelo Brasil.”
Márcio Porchmann, presidente do IBGE, disse que Maria da Conceição “deixa uma trajetória exemplar de educadora engajada no que de melhor o pensamento crítico gerou no Brasil”.