OPINIÃO DE AISHA SILVA

Estudiosa Aisha Padilha mostra a verdade e expõe a birra dos acreanos com a ministra Marina Silva

OPINIÃO de AISHA PADILHA

Estudiosa Aisha Padilha mostra a verdade e expõe a birra dos acreanos com a ministra Marina Silva
Publicado em 03/12/2023 às 21:05

Depois de ter feito uma fala em dubai que comoveu o mundo na COP 28 e ter sido eleita pela Financial Times como umas das 25 mulheres mais influentes do mundo, a ministra do meio ambiente e mudança do clima Marina Silva tem se imortalizado no imaginário de muita gente como uma grande e respeitável  líder e defensora do meio ambiente, menos para alguns acreanos cujo hábito de diminuir a importância de Marina tem me levantado o seguinte questionamento: qual é a dessa birra?

O discurso da sustentabilidade em meio as desavenças na política acreana

Muita gente aqui no acre coloca o discurso da sustentabilidade no lixo por desavença política, visto que os governos petistas do estado se chamavam de “governo da floresta” e tinham como prioridade o desenvolvimento sustentável que perdeu a disputa política para o discurso pecuarista extensivo, cujos defensores colocam Marina como uma figura arcaica que representa uma prática política datada, ao mesmo tempo que o governador do acre se vê na obrigação republicana de defender a amazônia, Jorge Viana na presidência da APEX traz empresários do Mundo inteiro para conhecer o Acre e o Ratinho já tem mais interesse de fazer dinheiro preservando do que criando boi no pedaço de terra que ele já comprou. Mas Marina também não é muito bem quista por parte da esquerda que ainda guarda rancor do seu desligamento do PT, do governo lula 2 e da sua jornada presidencial de 2014 e colocam ela como representante do capitalismo verde.

O que mudou na Política e no planeta nesses últimos dez anos?

Mas se a política da sustentabilidade foi vencida, sua memória jogada na lama e o Acre se sente um “Texas brasileiro” (gratidão Gabe pelo termo que me inspirou a escrever esse texto), então por que Marina é cada vez mais enaltecida pelo Brasil e o mundo?

A resposta está lá fora: nos céus e oceanos, a humanidade tem aprendido empiricamente, pra não falar “na dor e no calor” que e as mudanças climáticas são reais e que um presidente que deixou queimar, desmatar e intoxicar a amazônia não iria nos ajudar a solucionar essa crise global. O discurso da sustentabilidade sempre foi o msm, gerar desenvolvimento sem destruir o ambiente. O que não cola mais é a falácia de que preservar impede a geração de riqueza ou qualquer outro desenvolvimento social.

O que a relação de Marina e Lula nos ensina?

Marina prestou apoio a Lula logo no primeiro turno, antes mesmo de Tebet,  enquanto conquistava votos pra se eleger deputada federal pelo estado de São Paulo, mas esse apoio foi construído em nome da pauta ambiental, Lula a procurou para construir um projeto político de nação sustentável que protegesse e valorizasse a amazônia, e a partir desse compromisso que vimos a relação entre os dois se regenerar a ponto de voltarem a se chamar de companheiros, independentemente de partido. Compromisso esse que Marina tem mostrado com o Acre, tanto em sua visita ao estado, junto ao ministro do desenvolvimento regional Góes, como na sua última sabatina no Senado Federal ao denunciar as consequências do alagamento no bairro Taquari. Mas o que ecoa por aqui é o deslize da “caixa preta”. É preciso estender a mão a quem nos estende a mão.

Se existir um futuro, ele há de ser sustentável?

Hoje, quem busca por relevância política pauta o meio ambiente e seus desdobramentos como saneamento básico, água e mudança climática. é só olhar tanto a presença do governo Lula que tem como um de seus carros chefes a pasta ambiental e do governador Gladson Cameli e da deputada Socorro Neri, ambos do PP, oposição ao governo federal, que buscam investimentos em troca da preservação e levar direitos básicos como saneamento a todos na Amazônia Legal. A COP 30 que se realizará em Belém do Pará em 2025, colocará tanto o Lula, Marina e o governador Helder Barbalho como protagonistas para a eleições federais de 2026 e quem sabe o não exista em nosso futuro um defensor do meio ambiente chamado Ratinho V.

Aisha Padilha da Silva

Terapeuta Integrativa e discente de Ciências Sociais na Ufac.

Redes Sociais: @aishapatua

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