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Fazendeiro João Goiano, morto a tiros no Acre, era temido pela população: “mandou matar muita gente”
Por Marcos Dione, do Notícia Imediata
O fazendeiro milionário João Lopes Ferreira, que foi morto a tiros aos 73 anos no último dia 8 em sua fazenda localizada no Ramal Mendes Carlos II, zona rural do município de Plácido de Castro, no Acre, respondia a vários processos judiciais e era uma pessoa temida pela população.
Em consulta ao Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), a reportagem do Notícia Imediata constatou que João Goiano, como era conhecido, havia sido indiciado por ameaça e porte ilegal de arma de fogo. Além disso, ele também respondia a processos por difamação e danos morais.
Nossa reportagem conversou com um morador do mesmo ramal em que João possuía uma fazenda. O homem afirma que o fazendeiro era uma pessoa bastante temida pela população, uma vez que já teria supostamente mandado seus capangas matar várias pessoas.
“Ele já vinha praticando crimes de pistolagem há muito tempo, era uma pessoa muito trabalhadora, inteligente, mas nos últimos 15 anos ele intensificou essa matança de pessoas e matou muita gente. Chegou a perder a família, ameaçava várias pessoas. Era um cara muito problemático”, diz o homem que prefere não ter a identidade revelada por questões de segurança.
O produtor rural segue contanto que: “Ele (João Goiano), adquiriu muitos inimigos. Era uma pessoa muito perigosa, não era coisa boa não, a sociedade não perdeu muita coisa com a morte dele não”.
João Goiano foi vereador por dois mandatos em Plácido de Castro e por menos de 200 votos não foi eleito prefeito na cidade. O fazendeiro deixou um patrimônio estimado em cerca de R$ 30 milhões de reais, entre terras, gado leiteiro e empreendimentos imobiliários.
A INVESTIGAÇÃO
As informações apuradas pela Polícia Civil até o momento são que criminosos invadiram a propriedade da vítima armados para roubar veículos, armas e dinheiro. O fazendeiro, que já havia sofrido outros assaltos, reagiu e acabou morto a tiros dentro da própria casa.
O delegado Diones Lucas, responsável pelo caso destacou que por hora a equipe trabalha com a hipótese de latrocínio, crime caracterizado pelo roubo seguido de morte, uma vez que um carro da vítima, modelo GM Onix, foi levado. “Estamos trabalhando com a hipótese de latrocínio”, disse.